Como mãe, talvez eu não tenha nenhum conselho para te dar, que você já não tenha lido ou ouvido por aí, mas não posso deixar de te lembrar de algo que eu sei que um dia vai bater forte aí no seu peito e te fazer refletir muito...o tempo.
Por mais que as demandas gigantescas somada a falta de apoio (digo por experiência própria, mãe de gêmeos e zero rede de apoio) façam a gente querer pular etapas, chegará o dia em que vai doer perceber que tempo passa rápido demais.
Um bebê em casa traz à tona a noção de "tempo" de uma forma muito particular. O crescimento e o comportamento mudam muito a cada mês.
Então, de mãe para mãe, desejo que você não deixe o modo automático tomar conta do dia a dia. Olhe com calma para a sua criança, olhe nos olhos, beije, abrace, se permita sentir.
Registre seus momentos, mesmo que você não se sinta tão bem como gostaria. Os dias que parecem eternos com um bebê em casa são um pedaço bem pequeno da história de amor que vocês estão construindo.
Registre para não esquecer dessa mulher que foi casa, alimento e coragem, para lembrar da sua jornada com as pessoas que ama e deixar esse legado para sua família e para encontrar novamente o rostinho do seu bebê com todos os detalhes.
O tempo é implacável e não passa em vão pelos nossos olhos, por isso desejo que, quando esse dia chegar, você tenha muitas fotografias para matar a saudade e encher o coração de alegria, registros esses que farão seus sentimentos transcender e te levarão para um lugar que você nem sabia que existia: a memória viva de um tempo que já passou.